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Mudança E Transformação Social No Brasil



Quando se fala sobre mudança social no Brasil, um termo comumente empregado é modernização. Esse uso é antigo, porque se considerava que nossa sociedade era de tal forma tradicional que precisava se modernizar para chegar a algum lugar. A pergunta que esteve sempre presente nos escritos de muitos pensadores é : por que existe tanta resistência às mudanças no Brasil? Algumas explicações podem ser encontradas no início da constituição do Brasil como um país independente. Na véspera da independência , o liberal Hipólito da Costa , exilado em Londres , afirmou: "Ninguém deseja mais do que nós as reformas úteis , mas ninguém aborrece mais do que nós que essas reformas sejam feitas pelo povo". Logo após a independência , outro liberal, Evaristo da Veiga , ao defender a primeira constituição brasileira, disse : "Modifique-se o pacto social, mas conserve a essência do sistema adotado. [...] Faça-se tudo quanto é preciso, mas evite-se a revolução". Fica claro assim por que a independência do Brasil não significou uma revolução: apesar de o país se tornar independente politicamente , continuou na mesma situação. Enquanto em toda a América Latina aconteceram transformações com o processo da independência dos países - que se tornaram  repúblicas e extinguiram a escravidão - , o Brasil continuou sendo um Império e manteve a escravidão. Além disso, quando analisamos a instalação da República no Brasil , percebemos que houve somente uma mudança nas estruturas políticas e na organização do poder , mas os que dominavam no Império continuaram dominando na República . Não é à toa que o lema da República expresso até hoje na Bandeira Nacional é "Ordem e Progresso" , isto é , o progresso é bem vindo desde que ocorra de acordo com a ordem estabelecida. Talvez a expressão que melhor sintetize essa visão seja a de Antônio Carlos, que foi governador de Minas Gerais e presidente do Partido Republicano Mineiro (PRM) , um pouco antes do movimento de 1930:" Façamos a revolução antes que  o povo a faça". Esse tipo de conduta e pensamento parece ser o dominante desde a independência. Quem domina o país faz de tudo para continuar no controle, mesmo havendo mudança. Assim, os termos modernização ou reformas seriam mais apropriados para caracterizar o tipo de mudança que tem ocorrido no Brasil, lembra muitos eventos políticos sejam chamados de "Revolução".



Os Movimentos Sociais no Brasil


Há registros de movimentos sociais no Brasil desde o primeiro século da colonização até nossos dias. Esses movimentos demonstram que os que viviam e os que vivem no Brasil nunca foram passivos e sempre procuraram , de uma ou de outra forma , lutar em defesa de suas ideias e interesses. Durante o período colonial (1500-1822) , os movimentos sociais mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. Além disso, ocorreram vários movimentos políticos , dois deles pela independência do Brasil. Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não ser escravizados e para manter suas terras e seu modo de vida. Os escravos africanos também não ficaram passivos diante das condições em que viviam. A principal forma de resistência eram as revoltas localizadas e a formação de quilombos , que existiram do século XVII até o fim da escravidão. Os quilombos se estruturaram em várias partes do Brasil. O maior e mais significativo foi o dos Palmares , que se localizava no atual estado de Alagoas. Ele começou a se formar por volta de 1630 e foi mantido até 1694 e teve de 20 mil a 30 mil habitantes . Mas outros grandes quilombos se formaram em diferentes épocas e lugares da colônia. Além dos movimentos dos indígenas e dos escravos , ocorreram no Brasil colonial dois movimentos pela independência em relação a Portugal: a Inconfidência Mineira (1789-1792) e a Conjuração Baiana (1796-1799). Ambos tinham por base as ideias disseminadas pela Revolução Francesa , mas havia diferenças em seus objetivos.  Os inconfidentes mineiros propunham a independência e um governo republicano , mas não o fim da escravidão. Já os conjurados baianos defendiam a independência e o fim da escravidão, um governo republicano , democrático , com liberdades plenas , o livre comércio e a abertura dos portos. Esses movimentos foram reprimidos de modo violento, e seus líderes , presos , degredados ou enforcados.


A Necessidade de Diversificar A Matriz Energética


 Depois da crise de 2001, a Aneel e outros órgãos governamentais passaram , entre outras medidas , a incentivar a instalação de usinas termelétricas , principalmente nas localidades próximas a gasodutos , um vez que a produção de energia elétrica pela queima de gás natural é pouco poluente. A utilização de gasodutos barateia o transporte e permite melhor distribuição geográfica das usinas. Na busca por maior diversidade diversidade de nossa matriz energética , pretende-se , com o incentivo à instalação de termelétricas , evitar novas crises. As usinas hidrelétricas , que produzem energia mais barata , permanecem prioritárias no abastecimento , mas as termelétricas podem ser acionadas em períodos de pico ser acionadas em períodos de pico no consumo ou quando é necessário preservar o nível de água nas represas. A opção pela diversificação da matriz energética com prioridade para usinas menores difere bastante de adotada durante a década de 1970 e início da de 1980, quando foi dado grande impulso ao setor energético. Depois das crises do petróleo de 1973 e 1979, a produção de hidreletricidade passou a receber grandes investimentos , por se tratar de fonte alternativa ao petróleo. A política governamental estabeleceu com prioridade a construção de usinas com grandes represas, porque na época não havia exigência de aprovação dos projetos pelos órgãos ambientais, o que passou a ocorrer somente a partir de 1986. É o caso de Itaipu , no Rio Paraná (Centro-Sul) , a maior usina hidrelétrica brasileira. No Norte , as principais usinas são Tucuruí, no Rio Tocantins , e Balbina no Rio Uatumã , ao norte de Manaus ; e no Nordeste , Sobradinho e Xingó , no Rio São Francisco.  Essas grandes obras são polêmicas e algumas delas apresentam aspectos técnicos questionáveis . Usinas  com o potencial de Itaipu, Tucuruí e Sobradinho exigem a construção de enormes represas , que causam danos sociais e ambientais irreversíveis : extinção de espécies endêmicas (que só existem nessa área), inundação de sítios arqueológicos , alteração da dinâmica de erosão e sedimentação, deslocamento de população que vive em cidades , reservas indígenas e comunidades quilombolas, entre outros danos. Entre as grandes obras, a usina de Balbina , construída no meio da bacia sedimentar amazônica , a aproximadamente 200 km ao norte de Manaus , foi a que causou os maiores prejuízos. Por ter sido construída em relevo plano , sua represa , que inundou 2524 km2 da Floresta Amazônica , produz somente 250 MW , energia que abastece apenas 50% das necessidades de consumo de Manaus. Em suma , Balbina possui um represa com dimensões comparáveis às de Tucurui, mas a energia que pode produzir é praticamente irrisória (17 vezes menos que Tucuruí). Compare , na tabela a seguir , as diferenças entre área inundada e potência final das principais usinas hidrelétricas do Brasil. Saiba sobre a Usina de Paulo Afonso , localizada na divisa entre Bahia e Pernambuco , apresenta a melhor relação entre área inundada e potência final. Isso se explica pelo acentuado desnível do relevo do planalto da Borborema. Já a pior relação é a usina de Balbina , localizada na planície Amazônica . Aproveite para comparar com uma obra que usa tecnologia moderna. A usina de Belo Monte , projetada para ser construída no Rio Xingu, tem previsão de alagar um área de 516 km2 e produzir 11233 MV (em 2009 aguardava licenciamento ambiental para o início das obras). Com a provável esgotamento das possibilidades de construção de grandes usinas hidrelétricas na região Sudeste e os investimentos no Sistema Interligado Nacional, passou a ocorrer uma descentralização da geração para regiões marginalizadas ao longo do século XX. Esse fato vem favorecendo o desenvolvimento das atividades econômicas em áreas historicamente desprovidas de infraestrutura básica. Está ocorrendo uma desconcentração do parque industrial , principalmente nas regiões Sul, Nordeste e Norte.


Mudanças Nos Últimos Anos


Como vimos até aqui , muitas coisas mudaram no Brasil e muitas outras foram conservadas ou não mudaram de modo significativo . Podemos observar que em alguns lugares o modo de vida assemelha-se ao das sociedades industrializadas de qualquer parte do mundo , tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais. Nas grandes cidades as duas situações convivem. Há no mesmo lugar extrema riqueza e extrema pobreza : gente que mora em condomínios fechados luxuosos e gente que vive embaixo de viadutos. Politicamente , pode-se dizer que as regras do jogo democrático estão consolidadas , isto é , as eleições são realizadas regularmente e os eleitos são empossados e terminam os mandatos (desde que não sejam julgados e tenham os mandatos extintos , como ocorreu com os ex-presidente Fernando Collor e vários parlamentares). No entanto, persistem ainda velhas práticas , como o clientelismo ,  "favor" , as decisões judiciais parciais e os conchavos políticos,  que demonstra que o país não mudou tanto.  Economicamente , nos últimos 20 anos , houve uma alteração substancial por causa da ampliação de inserção do Brasil no mundo. Foram necessárias mudanças internas para que o país pudesse se adequar ao novo padrão internacional de relações políticas e econômicas. O processo produtivo industrial foi modificado com a entrada de novas indústrias e a modernização tecnológica , principalmente via automação. Criou-se uma nova maneira de produzir muito com menos trabalhadores. Isso conduziu a uma situação estanha, pois o desenvolvimento não um implica aumento de vagas de trabalho.  Houve também uma mudança no consumo e nas relações entre os indivíduos. Para indicarmos apenas uma situação, a utilização dos telefones celulares e da internet ocasionou mudanças comportamentais que impressionam- por exemplo , na relação entre os trabalhadores autônomos  e seus clientes ; nas relações trabalhistas , pois o empregado pode ser alcançado em qualquer lugar e hora; na própria sociabilidade , pois as pessoas não conseguem mais viver sem estar conectadas , nas formas de consumo , dada a rápida obsolência dos aparelhos. Isso significa que a chamada globalização nos atingiu em cheio. E , como diz Francisco de Oliveira , sociólogo brasileiro, os meninos nas ruas vendendo balas , doces e quinquilharias não são o exemplo do atraso do país , mas a forma terrível como a modernização aqui se implantou.


Teia Alimentar


Muitos animais têm alimentação variada , e outros servem de alimento a mais de uma espécie. Há também animais que , por se alimentarem de vegetais e de animais , não se prendem a um único nível trófico e podem ser consumidores primários, & secundários ou terciários. São os animais onívoros (omni= tudo; vorare= devorar), como o ser humano. Portanto, em uma comunidade há um conjunto de cadeias interligadas , que formam uma teia ou rede alimentar. Pode-se determinar o nível trófico de um animal observando seus hábitos alimentares. Nos ecossistemas terrestres os principais produtores são os vegetais . Nos aquáticos (rios , mares , lagos , etc.) , são as algas microscópicas , que formam o fitoplâncton (seres autotróficos que flutuam livremente na água). As algas servem de comida ao zooplâncton (conjunto de seres heterotróficos que também que também flutuam nas águas : protozoários pequenos invertebrados e larvas de moluscos , anelídeos , artrópodes , etc.) Entre os consumidores secundários há pequenos peixes , que são comidos por peixes maiores, por golfinhos e pelo ser humano (consumidores terciários). Em todos os ecossistemas os decompositores são formados por bactérias e fungos. Animais detritívoros são aqueles que se alimentam de matéria orgânica morta (folha que caem no solo, carcaças , fezes, etc.), como a minhoca. Os resíduos desses animais contêm matéria orgânica que será atacada pelos decompositores. Alguns autores incluem os decompositores . Alguns autores incluem os decompositores entre os detritívoros , mas , em geral , o termo decompositor é usado apenas para os organismos , como as bactérias e os fungos , que fazem a transformação completa da matéria orgânica em mineral ou inorgânica, isto é , em matéria para ser utilizada pelas plantas (água, gás carbônico e sais minerais ), portanto , os decompositores agem sobre os dejetos que os detritívoros eliminam e sobre o cadáver deles.


A Doutrina Bush



O ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 fez mais do que aumentar os investimentos norte-americanos em defesa. Em 2002, com o pretexto de acabar com os ataques terroristas , o governo divulgou um documento intitulado "A Estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos", que contém determinações para as áreas político-militar e econômica e foram apelidadas de "Doutrina Bush", por causa do nome do presidente George W. Bush. Com a doutrina Bush, os Estados Unidos alteraram os padrões de política externa típicos da Guerra Fria e do final do século XX, baseados na contenção ou na tentativa de dissuadir os adversários . Segundo o documento , "não hesitaremos (Estados Unidos) em agir sozinhos , se preciso for, para fazer uso do direito de auto-defesa, de maneira preventiva e antecipada". Dessa forma, os Estados Unidos justificam suas ações contra países considerados hostis, como ficou comprovado na invasão e ocupação do Iraque , em 2003. A Doutrina Bush determina ainda o fortalecimento das alianças com outros Estados para derrotar o terrorismo no mundo e o fim da maioria dos tratados de não-proliferação de armas nucleares. Além disso, estabelece que os Estados Unidos não permitirão a ascensão de qualquer potência estrangeira que rivalize com a enorme dianteira militar dos norte-americanos , alcançada desde o fim da Guerra Fria e a derrocada da URSS. Estabelece também o compromisso do governo norte-americano em auxiliar  os países cujos governantes "incentivem a liberdade econômica " , numa indicação clara de que os países devem abrir ou intensificar a abertura de seus mercados , adotando de forma intensa o processo de globalização. Além da consolidação dos Estados Unidos como superpotência global, a Doutrina Bush procura defender seus interesses econômicos. Muitos desses interesses estão associados à garantia do fornecimento de petróleo , uma matéria-prima e fonte energética fundamental para a economia mundial em geral e, em particular , para a norte-americana. Os Estados Unidos também procuram intensificar a sua influência no Oriente Médio e na Ásia Central , regiões ricas em petróleo e gás natural e que concentram muitas reservas inexploradas desses recursos. O Oriente Médio também se sobressai na geopolítica internacional pela sua posição estratégica , ligando a Ásia a África e à Europa , além de ser palco de vários conflitos do mundo atual, como o que envolve israelenses e palestinos. Por trás da guerra no Afeganistão, por exemplo, estava o interesse dos Estados Unidos em ampliar sua presença no centro e no sul da Ásia. Os territórios da ex-repúblicas soviéticas do Cazaquistão e do Turcomenistão abrigam grandes reservas de petróleo e de gás natural e , para que esses recursos possam ser escoados para o mundo ocidental - especialmente Estados Unidos, Canadá e países da União Européia - são necessários gasodutos e oleodutos que, por sua vez , devem passar por países como Afeganistão e Paquistão. Daí, o interesse dos Estados Unidos e de seus aliados europeus em manter governos pró-ocidentais na Ásia Central e Meridional.


O Brasil e o Mercosul


O Mercosul entrou em funcionamento em 1995. Ao longo da década passada as relações comerciais entre os países tiveram avanços expressivos e vários projetos de infra-estrutura , como estradas, hidrovias e hidrelétricas , começaram a ser desenvolvidos levando em conta o crescimento desse mercado. Os países-membros do Mercosul representam 42% da população latino-americana e mais da metade de todo o valor produzido pela economia desta parte do continente. Alguns setores econômicos ficaram prejudicados com a concorrência externa , mas num primeiro momento ocorreu uma intensificação das trocas comerciais. Várias empresas brasileiras instalaram-se no Uruguai e , principalmente , na Argentina. Os produtos agropecuários e alimentícios uruguaios e argentinos inundaram o mercado brasileiro. Em parceria com a Bolívia , o Brasil construiu o maior gasoduto da América Latina , ligando as áreas de extração bolivianas aos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo , Minas Gerais e da região Sul. O turismo foi outro setor que registrou forte crescimento entre os países do Mercosul , em parte devido à maior facilidade de trânsito , com a eliminação de visto de entrada. Entretanto, a partir de 1999 , a crise econômica , sobretudo na Argentina , abalou as relações comerciais com o Brasil. A Argentina suspendeu algumas tarifas externas comuns , impôs cotas a uma série de produtos exportados pelo Brasil , como geladeiras , calçados , veículos , televisores , e o comércio dentro do bloco apresentou uma queda sensível . Apesar de formar uma união aduaneira , o Mercosul , na prática , tem funcionado com uma integração semelhante à de uma zona de livre comércio e , assim mesmo, limitada.

O Estado do Bem-Estar Social


O bloco dos países capitalistas , após a segunda Guerra Mundial, tentou reconstruir a economia ocidental sob novas bases. Disseminou-se então a forma de organização estatal chamada de Estado do Bem-Estar-Social ou simplesmente Estado Social. Esse modelo permitia enfrentar , por um lado, os movimentos de trabalhadores que exigiam melhores condições de vida e , por um lado, os movimentos de trabalhadores que exigiam melhores condições de vida e , por outro , as necessidades do capital, que buscava alternativas para a construção de uma nova ordem econômica mundial diante do bloco socialista. As bases teóricas do Estado do Bem-Estar Social foram apresentadas na década de 1930 pelo economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946), em seu livro Teoria  Geral do Emprego , do Juro e da Moeda (1936). Como forma de organização estatal, a teoria começou a ser esboçada quando o governo estadunidense estabeleceu políticas para sair da profunda depressão de desencadeada pela Crise de 1929. No período posterior à Segunda Guerra Mundial , ela se consolidou nos Estados Unidos e em boa parte dos países da Europa. O Estado do bem-estar social tinha como finalidade e característica básica a intervenção estatal nas atividades econômicas , regulando-as , subsidiando-as , executando grandes investimentos e obras, redistribuindo rendimentos , visando sempre , pelo menos teoricamente , ao bem-estar da maioria da população. A ideia era romper com o centenário princípio do liberalismo, que rejeitava qualquer função intervencionista do Estado. Com base nesse conceito , os capitalistas modernos propunham moradia digna, educação básica pública, assistência à saúde , transporte coletivo , lazer , trabalho e salário, seguro-desemprego , enfim, um mínimo e bem-estar econômico e social. Isso foi feito com investimentos maciços por parte do Estado , que redimensionava suas prioridades para proporcionar trabalho e algum rendimento à maior parte da população , a fim de que ela se tornasse consumidora e, assim, possibilitasse a manutenção da produção sempre elevada. Configurou-se o que alguns chamam de "cidadania do consumidor" . Ou seja, a cidadania entendida como um mecanismo de mercado. Enquanto isso , nos países periféricos , como os da América Latina , o que se viu foi uma variedade de formas governamentais , entre as quais as ditaduras que se implantaram por meio de golpes militares . Esses golpes eram deflagrados como se fossem constitucionais , isto é , como se estivessem de acordo com a lei. Uma vez no poder , os golpistas exerciam o controle sobre os indivíduos e os grupos organizados da sociedade.


Entre Disputas Econômicas E Políticas


Sob o impacto das revoluções científicas e tecnológica e do progresso material , a classe burguesa europeia viveu sua "belle époque" no fim do século XIX e início do XX. No entanto, a aparente estabilidade escondia diversas tensões que marcavam a sociedade europeia tanto internamente - com a chamada "questão social" , decorrente da Revolução Industrial - quanto externamente - com o avanço do nacionalismo e da disputa imperialista. Em muitos lugares , assistia-se à exacerbação do patriotismo e do civismo. Proliferavam clubes patrióticos e militares. A ética do nacionalismo tornou-se uma valor partilhado pela imensa maioria, uma verdadeira "religião da pátria" , reforçada pelas escolas. Na literatura , certo heroísmo romântico ressaltava a vida coletiva , a lealdade , a disciplina e a camaradagem das corporações que tinham finalidade bélica. Paralelamente , o serviço militar obrigatório aumentava a influência dos exércitos na sociedade. Viu-se que foi o impulso dos ideais nacionalistas que se opuseram as unificações políticas da Itália e da Alemanha, na segunda metade do século XIX. Surgiu, assim, um novo cenário político europeu. Após a unificação , a Alemanha tornou-se a maior potência da Europa continental, superando a França e fazendo frente à poderosa Grã-Bretanha. A grande expansão da economia alemã foi acompanhada pelo crescimento de suas ambições foi acompanhada pelo crescimento de suas ambições políticas e coloniais. Sob o comando de Otto von Bismarck (1815-1898) , a Alemanha forjou importantes acordos internacionais , como a Tríplice Aliança , em 1882, com a Áustria-Hungria e a Itália. Essa Alemanha industrializada , com o desejo de ter um Império colonial do mesmo porte de seu poderio econômico, acabou ameaçando o poder das demais nações imperialista , especialmente , da Inglaterra e da França. A competição por matérias-primas e mercados consumidores acirrou os antagonismos políticos. A militarização da Alemanha favoreceu a corrida armamentista , fazendo com que o período anterior à eclosão da guerra ficasse conhecido como o da manutenção de uma "paz armada".  Na França , apesar de certo isolamento , cultivava-se um revanchismo antigermânico , que visava recuperar as províncias da Alsácia-Lorena e apagar a humilhação imposta pela derrota na Guerra França-Prussina (1870-1871). Após 1890. Com  a queda de Bismarck na Alemanha , a inabilidade diplomática de seus sucessores políticos alterou esse quadro. Já em 1893, uma aliança franco-russa garantiu apoio militar e investimentos franceses à Rússia. Era o fim do isolamento francês. Em 1904. Os temores em relação ao poderio alemão aproximaram a França da Inglaterra , na "Entente Cordiale". Formaram-se , assim, dois blocos de nações. De um lado , Tríplice Entente, com a França , a Inglaterra e a Rússia ; de outro, as potências centrais , os impérios alemão e austríaco. Ao mesmo tempo, a situação se tornou explosiva nos Balcãs. A decadência do Império Otomano gerou uma grande competição entre as potências industrializadas por concessões e influências. O Império Russo queria uma saída para o Mar Mediterrâneo e a Áustria-Hungria , para o Mar Egeu. Os confrontos entre os três impérios multinacionais em declínio complicavam-se ainda mais, por causa das ambições territoriais da Itália e dos nacionalismos que afloravam na região. O principal movimento , o pan-eslavismo , foi liderado pela Sérvia e contou com o apoio da Rússia. As tensões diplomáticas , porém, chegaram ao seu ponto mais crítico quando o arquiduque austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado por um sérvio ligado ao grupo nacionalista conhecido como Mão Negra. Sua morte serviu de pretexto para a Áustria , com o apoio alemão, declarar guerra à Sérvia. Isso gerou uma reação em cadeia. A mobilização austríaca contra a Sérvia provocou a reação da Rússia.  Esta, por sua vez , mobilizou os alemães, que , há  muito, se preparavam para um guerra. Assim, a deterioração da situação internacional e a crise diplomática levaram ao início do conflito armado.


Como São Feitos Os Testes De Segurança Dos Aditivos?


A inocuidade (quantidade não prejudicial) de um aditivo intencional
para alimentos não é estudada em humanos antes de o aditivo ser
lançado no mercado. A inocuidade é relacionada com um determinado
coeficiente de segurança calculado com base no conhecimento do
coeficiente máximo de ingestão que não produz reação desfavorável em
animais de experimentação. Estabelecido esse coeficiente de segurança
para animais, conhecido por NOEL (NO Observed Effect Level - Nível Sem
Efeito Observado), é feito o cálculo do IDA (Ingestão Diária
Aceitável) para humanos. Em seguida , o aditivo recebe um número de
inscrição , INS (International Numeration System), e é lançado no
mercado. Estudos epidemiológicos acompanham o consumo e a aceitação do
organismo humano ao aditivo , o que pode levar a uma das seguintes
situações :

1- O aditivo se mostra seguro ou os seus efeitos no organismo humano
se tornam conhecidos e bem estabelecidos. Nesse caso, o aditivo recebe
a letra E antes do número (INS) e permanece no mercado.
2-O aditivo se mostra causador de problemas sérios , doenças ,
potencialmente graves ou intolerância significativa por grande parte
da população. Nesse caso, seu uso é proibido para humanos e o auditivo
é retirado do mercado. Foi o que ocorreu com o aditivo INS 425, goma
Konjak). A análise toxicológica de um único aditivo alimentar leva de
4 a 5 anos para ser concluída , utiliza aproximadamente 650 animais de
laboratório (ratos , camundongos , coelhos , cães) e seu custo pode
chegar a U$$ 1 milhão (um milhão de dólares). A análise toxicológica
determina o coeficiente de segurança do aditivo , o Noel ou nível sem
efeito observado. NOEL é a maior concentração da substância,
encontrada por observação e/ou experimentação, que não causa
alterações fisiopatológicas nos organismos tratados. Para estabelecer
o NOEL são feitos estudos de toxicidade a longo prazo. Os animais de
cada espécie , cuja genética é conhecida , são criados em biotério,
com todas as condições controladas e divididos em grupos. Um grupo A
(de prova) recebe alimentação sem aditivo . Os demais grupos , B, C,
D, E , etc. recebem alimentação diária com quantidades crescentes de
aditivos. Por exemplo  , incorpora-se na ração do grupo B  uma
quantidade de aditivo igual 5 mg/kg; para o grupo C, incorporam-se 10
mg/kg; para o grupo D , incorporam-se 15 mg/kg , e assim por diante.


O Papel Do Estado


A distribuição de renda não pode ser analisada apenas a partir do valor monetário dos salários e lucros. Em alguns países desenvolvidos , após a Segunda Guerra , foi estalecido um modelo de Estado que, entre outras atribuições, passou a ter a função de garantir saúde, educação, emprego e moradia (atualmente , considerados direitos essenciais) aos cidadãos. Trata-se do chamado Estado de Bem-Estar Social (Ou Welfere State , em Inglês), que tem na Noruega , na Suécia e na Dinamarca a sua melhor expressão. Esses países aparecem anualmente na lista da ONU como aqueles em que a qualidade de vida de sua população é a melhor. Assim , a assistência médico-odontológico e a educação gratuita e de bom nível podem ser consideradas formas de salário indireto, bem como uma maneira de distribuir renda. Os governos da Bélgica, Holanda , Noruega , Suécia , Dinamarca , Austrália , Alemanha , Itália e Canadá (exemplos de países desenvolvidos) destinam quase metade de seus orçamentos à seguridade ou previdência social. Já nos países subdesenvolvidos, o gasto com a seguridade social é desprezível ou, na maior parte dos casos, inexistente.  A elevação do déficit público nos países desenvolvidos e a consequente diminuição da capacidade de investimento de seus governos , a par do desemprego estrutural , levaram ao fim o Estado de Bem-estar Social em vários países. É o caso dos Estados Unidos e do Reino Unido , que optaram , na década de 1980 , pelo Estado NeoLiberal . Os que defendem as idéias neoliberais pregam que as questões econômicas - e muitas das questões sociais devem ser resolvidas no âmbito do mercado e apoiam a ideia de um Estado mínimo. Segundo a visão neoliberal , o custo de sustentação do Estado de Bem-Estar Social baseia-se em impostos elevados, o que impede a ampliação dos investimentos em atividades econômicas geradoras de emprego.  E a elevação do número de postos de trabalho é o principal caminho para a resolução das questões sociais. A outra face da distribuição de renda refere-se às distorções tributárias, ou seja, ao recolhimento de impostos. Em boa parte dos países, em especial nos subdesenvolvimento (entre eles, o Brasil) , os impostos indiretos (que incidem sobre a produção e comercialização de mercadorias) são , muitas vezes , excessivos e , no conjunto , maiores do que os impostos diretos (que incidem sobre as propriedades , obtidas com as propriedades - aluguéis - os rendimentos salariais, as aplicações financeiras ). Isso faz com que o preço dos produtos seja elevado e obriga todos os consumidores a pagarem esses tributos de forma equitativa, independente de sua classe social. Dessa forma , por exemplo, quando uma pessoa com rendimento mensal de um salário mínimo apenas compra 1kg de arroz , o valor dos impostos indiretos que ela pega é proporcionalmente maior do que o valor pago por outra pessoa que tem uma remuneração de vinte salários mínimos. A redistribuição de renda é muito mais do que uma política de justiça social . A concentração de renda faz com que o setor produtivo da sociedade volte-se para um pequeno segmento de consumidores com maior poder aquisitivo. A desconcentração de renda gera novos consumidores, dinamiza a economia e , consequentemente , cria empregos.


Os Ameríndios


Os habitantes da América pré-colombiana não  são  naturais do continente, mas oriundos de outras regiões  isto é,  são  alóctones. Tudo indica que os ameríndias  chegaram ao novo continente pelo Estreito  de Bering - entre a Ásia  e a América do Norte - e pelo oceano Pacífico  , há  cerca de 20 mil anos.  Na época da descoberta da América  , estima-se que sua população  estivesse próxima de cem milhões de habitantes irregularmente distribuídos pelo continente e em diferentes estágios de desenvolvimento, " Havia de tudo entre os indígenas da América:  astrônomos  e canibais , engenheiros e selvagens da Idade da pedra. Mas nenhuma das culturas nativas conhecia o ferro nem o arado , nem o vidro  e a pólvora  , nem empregava a roda , a não  ser em pequenos carrinhos ". (GALEANO, EDUARDO). Algumas tribos tinham uma estrutura primitiva , eram nômades e viviam da caça e da pesca , como os esquimós  (América do Norte) , os charrua  (Uruguai) , os tapuias, xavantes e timbiras (Brasil). Outras tinham vida sedentária  vivendo em aldeias e praticando a agricultura , como os "pueblos" (América  do Norte) , os cartões e ataques  (Antilhas e Norte da América do Sul) e os tupis-guaranis (Brasil). Os ameríndios mais avançados tecnologicamente e que possuíam  sofisticada organização  sociocultural formavam a maioria da população,  americana. Dentre estes, destacavam-se os maias , na América Central, os incas , no Peru , Bolívia  e Equador e os astecas , no México.  Enquanto os maias viviam em cidades autônomas  , os incas e os astecas organizavam-se em sólidos  impérios  , nos moldes dos grandes impérios  asiáticos  da Antiguidade  , como Egito e a Mesopotâmia a  , sob a hegemonia de uma poderosa aristocracia. A supremacia do Estado, garantida por seu domínio religioso, permitia-lhe interferir em todos os setores, desde a cultura até  a produção  econômica.  O Estado controlava as condições de cultivo, como irrigação,  essencial para a agricultura, que era a economia dessas civilizações.  Daí  serem chamadas por alguns historiadores de impérios teocrático de regadio. Estima-se que, quando os conquistadores europeus desembarcaram no novo continente , astecas , maias e incas constituíam uma população  próxima de oitenta milhões  de pessoas da qual , pouco mais de um século depois , não  restavam mais de quatro milhões. Como pretexto para a exploração  colonial, utilizava-se argumento da necessidade de civilizar  os povos americanos por meio da cultura e da fé  cristã.  Dessa forma , acobertava-se a dominação dizimadora, justificando-a como um empreendimento comercial de cristianização.   Até  meados do século XVI, praticamente toda a América fora subjugada pelos conquistadores europeus - que se utilizavam , para isso , da pólvora e do cavalo , desconhecidos pelos ameríndios,  além de se valerem da fragilidade grupal das tribos , divididas em facções  muitas vezes rivais.  No Peru, por exemplo; as disputas pelo trono entre Atahualipa e huáscar enfraqueciam o Império inca, o que ajudou  os espanhóis  a se assenhorarem do "eldorado " tão  cobiçado. Hermán Cores, no México  , e Francisco Pizarro  e Fio Almagro, no Peru, foram os conquistadores espanhóis que, devido à violência  e extensão  de suas conquistas, marcaram mais fortemente o início do processo de colonização  dos territórios  espanhóis  na América.  Efetuada a conquistas, a exploração  de ouro e principalmente de prata , passou a ser eixo da colonização  espanhola durante  os séculos  XVI e XVII. México, Peru e Bolívia respondiam pela produção de metais preciosos, enquanto , simultaneamente , outras regiões  se integravam ao sistema econômico  colonial como produtoras de bens agrícolas (Chile) , criado de animais de reação, como mulas e produtoras de tecidos (Argentina) , entre outras. A produção  colonial foi organizada a partir de exploração  da mão-de-obra indígena.  Uma das formas de utilização  dos nativos era a nota , pela qual os indígenas  eram tirados de suas comunidades para trabalhar nas Minas, sob um pagamento irrisório. Esse método,  utilizado especialmente nas minas de prata de Potosí, acabou por arruinar a estrutura comunitária  , minando com o extermínio  da população  indígena. A encomenda ,  sistema mais usado , consistia na exploração  dos nativos  da Sérvia nos Campos e nas Minas.  A Coroa encomendada a captura de indígenas a um intermediário-  o encomedero- , os distribuía aos colonizadores , que recebiam o índio como sei servo. A servidão  era justificada em forma de pagamento de  tributos, feitos pelos índios  em forma de serviços  , por receberem proteção e educação  cristã.  O encomedero , por sua vez, transferida parte dos tributos para a Coroa. Chamava-se Conselho Real e Supremo das Índias o órgão  controlador da colonização,  centralizado na Espanha e representado nas colônias pelos Chapetones. Os negócios  e a arrecadação  de impostos cabiam as casas de contratação,  e as ligações  comerciais entre Metrópole e colônia  se faziam pelo sistema de "Porto Único " , ou seja,  toda a transação  colonial de comércio  deveria, necessariamente,  para por determinado Porto na Metrópole-  inicialmente foi Sevillha e, depois, Cádiz.  Esse porto recebia as mercadorias vindas dos portos autorizados na Colônia. 



A Primeira Guerra Mundial


Em 1907 Pablo Picasso, personagem-símbolo das artes no século XX, concluía a obra-chave "As Donzelas de Avignon". As Donzelas parecem zombar das convenções para criar uma ilusão de realidade. Onde está a perspectiva? Onde está o sombreado dos elementos para sabermos o lugar em que a luz incide? As figuras encontram-see fragmentadas, apontado para direções distintas, pintadas com estilos diferentes. As três donzelas da esquerda têm os rostos moldados segundos antigas esculturas ibéricas. As da direita são máscaras africanas. Picasso, com um olho em suas origens hispânica e outro na escultura negra, estava, agressivamente, atacando um estilo consagrado de pintura. Como afirmou o crítico de arte e ex-prefeito de Roma Giulio Argan (1909-1992), "na história da arte moderna [o quadro] é a primeira ação de ruptura". Apesar de alguns artistas como Picasso estarem então anunciando a crise da cultura européia antes da Primeira Guerra Mundial , ainda predominavam um certo fascínio iluminista pela tecnologia, que conduziria o homem ao progresso, e pela luz da ciência, que produziria homens cada vez melhores e mais sábios. Mas o que a racionalidade tecnológica produziu foi a mais devastadora guerra da História da humanidade. " As luzes se apagam em toda a Europa", disse o secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha na noite em que a Inglaterra e a Alemanha entraram em guerra. O progresso tecnológico capacitou os combatentes a se exterminarem com uma eficiência sem precedentes. A Europa se converteu num matadouro: cerca de 17 milhões de mortiz e 20 milhões de feridos. Armas químicas, aviões bombardeiros e submarinos inauguraram a era do massacre.


A Situação Dos Negros


Os africanos eram trazidos principalmente da África Ocidental e a maioria pertencia a dois grupos étnicos : os sudaneses e os bantos. No Brasil, trabalharam na lavoura de cana-de-açúcar , de algodão , de café e na mineração. No período colonial, o Brasil foi o país que mais recebeu africanos. Calcula-se que mais de 3,5 milhões imigraram , à força , para realizar trabalho escravo. Foi, também , o último país ocidental a abolir a escravidão , o que ocorreu há pouco mais de um séculos , em 1888. Escravos libertos foram deixados à própria sorte numa época em que o Brasil estimulava a imigração. O grande número de negros que compunha a população preocupava a elite branca brasileira e a imigração foi a forma encontrada para "clarear" o país. Atualmente , o Brasil é o que abriga a maior população negra fora da África. Em 2000, de acordo  com dados divulgados pelo IBGE , a população brasileira apresentava a seguinte composição : 53,8% era formada de brancos ; 39,1% de pardos ; 0,5% de amarelos e 0,4% de indígenas. Os negros representavam , portanto, mais de 10 milhões de habitantes.  No Brasil, perdurou por muito tempo a ideia de que o país era o melhor exemplo de democracia racial de harmonia entre as raças . No entanto , os indicadores sociais demonstram o contrário . Os negros e os pardos ganham menos que os brancos e tem menor escolaridade. Além disso, a origem racial dificulta a colocação do indivíduo  no mercado de trabalho. Negros e pardos são os grupos mais atingidos pelo desemprego; dos que conseguem trabalho, a maioria exerce atividades de baixa qualificação e prestígio social. Por essa razão, moram em lugares mais pobres e distantes do local de trabalho, não contam com serviços públicos básicos (saúde , educação , saneamento etc.) e dispõem de poucas opções de lazer. Segundo a Constituição Brasileira , racismo é considerado crime , mas a punição às atitudes racistas depende de testemunho de uma terceira pessoa e registro de ocorrência policial. Todavia, muitas vezes o racismo não é manifestado abertamente . É difícil , por exemplo, comprovar que um emprego foi negado a determinada pessoa por ela ser negra ou mestiça . Como provar? Ao negro e ao pardo é negado o princípio básico das sociedades democráticas , que é igualdade de oportunidades. Propostas conhecidas por ações afirmativas, as quais foram empregadas na África do Sul pós-apartheid e nos Estados Unidos, têm se mostrado eficientes no combate à discriminação racial e na melhoria das condições de vida da população negra. Dados recentes comprovam que , nos Estados Unidos, essas ações têm propiciado a ascensão social da população negra.  No Brasil, as ações afirmativas estão sendo discutidas e algumas têm sido aplicadas lentamente , como , por exemplo, o estabelecimento de cotas para negros nas universidades, nos serviços públicos , no exercício de cargos de chefia . Essas visões visam também estimular as empresas particulares a terem maior número de negros em seu  seu quadro de funcionários.


Sobre A Paisagem Geográfica E A Terra No Espaço


De um modo sintético, o estudo do espaço geográfico nos leva a definir como Primeira Natureza o espaço natural sem qualquer ação antrópica, ao passo que a Segunda Natureza nada mais é do que o espaço natural modificado pelo homem. A Paisagem Geográfica é uma parte da Terra que, estudada tanto do ponto de vista físico quanto humano, apresenta características próprias. Por exemplo, o Tibet (Sul da China) possui uma paisagem geográfica totalmente diferente da Planície Amazônica . Os aspectos físicos de um paisagem geográfica são denominados paisagem Natural (clima, vegetação, relevo , hidrografia, solo etc). Das modificações impostas pelo homem ao ambiente natural surge a paisagem CULTURAL (produção, habitação , estradas etc.) . Em algumas regiões onde a ocupação humana se faz de modo precário (floresta equatorial , grandes elevações), verifica-se um predomínio das características naturais ; em trocas , nas áreas densamente povoadas (Europa Ocidental, por exemplo) a paisagem geográfica apresenta uma marcada influência cultural. Em outras palavras , quanto mais desenvolvida a comunidade, maiores serão as modificações introduzidas pelo homem à paisagem natural. A paisagem natural é o objeto de estudo da Geografia Física , enquanto que a paisagem cultural é o objeto de estudo da Geografia Humana. Como sabemos, o nosso planeta apresenta uma forma geóide  , isto é , assemelha-se a uma esfera. Os seus pólos são um pouco achatados e a zona equatorial é abaulada. A Terra ocupa o terceiro lugar por ordem de afastamento do Sol, localizando-se entre as órbitas de Marte e Vênus , a uma distância de 149.637.000 km do Sol. É o quinto planeta do Sistema Solar quanto ao volume e é 1.300.000 vezes menor que o Sol. O Planeta Terra faz parte da Via-Láctea e da família solar , juntamente com mais oito planetas. A Terra faz sua movimentação em torno do Sol a uma velocidade de 30 km/s , em um órbita ligeiramente elíptica. Nosso planeta , assim como os demais do sistema solar , afasta-se e aproxima-se do Sol a cada volta que dá em seu redor , ao que denominamos , respectivamente , de afélio e periélio. Chama-se de afélio a maior distância de um planeta qualquer em relação ao Sol. Já a posição de periélio seria aquela na qual o planeta estará em mínima distância em relação ao Sol.


A Escola de Frankfurt





Logo após a morte de Max Weber abriu-se um novo horizonte para a Sociologia alemã , com a criação do Instituto de Pesquisa Social vinculado à Universidade de Frankfurt , que ficou conhecido como Escola de Frankfurt. Em 1923 , um grupo de intelectuais - entre eles , Friedrich Pollock (1894-1970), Leo Lowenthal (1900-1993), Karl August Wittfogel (1896-1988) e Max Horkheimer (1895-1973) - desenvolveu uma análise da sociedade de seu tempo com base em orientações filosóficas de Kant , Hegel e Nietzche e em visões sociológicas de Karl Marx e de Max Weber , além do pensamento de Sigmund Freud. Aqueles intelectuais tinham em mente desenvolver uma teoria crítica da sociedade capitalista e procuraram dar explicações para os fenômenos mais variados , que iam da personalidade autoritária à indústria cultural.  Mantiveram a crítica de refletir sobre o que aconteceu com a sociedade que permitiu a emergência do nazismo e sobre o significado disso, que culminou com uma crítica à razão instrumental e às formas de controle sobre a sociedade. Além dos citados , são representantes dessa corrente de pensamento Theodor Adorno , Walter Benjamin, Erich Fromm (1900-1980) e Herbert Marcuse (1898-1979) , entre outros , com suas ênfases e questionamentos diversos e mutantes.