Do meio exterior até atingir os alvéolos pulmonares, o ar atmosférico faz um percurso relativamente curto. O sistema respiratório é basicamente um conjunto de canais, cujas últimas e finas ramificações, os bronquíolos , terminam em câmaras microscópicas, os alvéolos. Nos dois pulmões existem cerca de 300 milhões de alvéolos, que perfazem um total de mais de 70 m de superfície para a troca de gases (hematose). Para se ter ideia do que isso significa, basta comparar com superfície total da pele de um adulto , que tem cerca de 2m ! Os pulmões são dois sacos róseos , infláveis, protegidos por duas membranas, as pleuras. Entre eles há uma fina camada de líquido viscoso , que lhes permite escorregar uma sobre a outra durante os movimentos respiratório. Os dois pulmões ocupam a cavidade torácica , limitada pelos ossos da caixa torácica e, inferiormente, por um músculo membranoso, o diafragma (exclusivo dos mamíferos ), que separa o tórax do abdome. Movimentos de inspiração e expiração dependem da ação dos músculos intercostais e do diafragma. A contração dos músculos intercostais, situados entre as costelas, provoca uma elevação delas e um aumento da caixa torácica no plano horizontal. Simultaneamente o diafragma se contrai e abaixa, determinando a expansão da caixa no plano vertical. Com isso, aumenta o volume interno do tórax e diminui a pressão sobre os pulmões , que se dilatam, recebendo ar do exterior. É a inspiração. Na expiração, os músculos relaxam , o volume interno da caixa torácica diminui, aumenta a pressão sobre as paredes pulmonares e há expulsão do ar. A figura a seguir permite a comparação dos movimentos respiratórios nos pulmões com um modelo físico.